Assassino da Cohab é condenado a mais de 18 anos de reclusão

Polícia
Assassino da Cohab é condenado a mais de 18 anos de reclusão 24 novembro 2011

Cristiano Aparecido Rosman Rodrigues, conhecido como Tuta, foi condenado a 18 anos e 08 meses de reclusão, em julgamento ocorrido nesta quinta-feira (24) no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subsecção de Botucatu, pelo assassinato cometido contra Ronaldo Batista de Oliveira conhecido como Ronaldinho ocorrido na noite do dia 05 abril de 2008, ? s 22h20, na Avenida Marcos Bravin, região da Cohab V.

A sentença foi proferida pelo juiz titular da 2ª Vara da Comarca, Marcos Vinícius Bachiega, por decisão do Conselho de Sentença formado por quatro mulheres e três homens da sociedade botucatuense, que presenciou o debate em plenário entre o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino, que pediu a condenação por homicídio doloso, duplamente qualificado (acatada pelos jurados) e o advogado do réu, Edson Coneglian, que defendeu a tese de legítima defesa.

Também atuaram em plenário os servidores forenses Rogério Costa de Freitas, Sandra Cristina dos Santos, Carlos Alberto Torres e Matheus da Silva Bovolenta. Os policiais militares Doriguel e Ramalho fizeram a segurança.

Divididos em plenário estavam vários parentes do réu e da vítima, assim como as duas mulheres que, indiretamente, se envolveram no crime, ou seja, a (mulher) de Tuta (que está presa em Itatinga por tráfico de drogas), assim como a ex-companheira da vítima. Ambas foram arroladas como testemunhas e questionadas pelo advogado de defesa e promotor de Justiça.

E os problemas judiciais do réu não se esgotam com esta condenação. Pesa contra ele outro homicídio cometido contra um policial militar (tenente Simões), que deverá ser levado a júri popular no ano que vem. Tuta ouviu a sentença cabisbaixo e lamentou a decisão dos jurados. “Eu não acreditava na absolvição, mas não esperava uma pena tão grande, porque agi para me defender. Mas, fazer o que? Agora é esperar para ver o que vai acontecer”. Sobre o novo julgamento que terá pela frente, ele foi taxativo. “Quero digerir essa bordoada (condenação) primeiro, depois penso nisso”.

Outra particularidade é que este foi o primeiro julgamento presidido pelo juiz Marcos Vinícius Bachiega como titular da 2ª Vara e, provavelmente, o último do advogado Edson Coneglian. “Este deve ter sido o meu último júri. Com o tempo a gente vai se desgastando e se desgostando com as coisas que acontecem durante o julgamento. Sinceramente, estou cansado de tudo isso e acho que chegou a hora de parar”, disse.

{n}O crime{/n}

Na denúncia do Ministério Público consta que o assassinato teve origem em um churrasco de confraternização que Ronaldinho fazia em sua casa. Em razão de ciúme e estar alcoolizado discutiu e agrediu sua companheira de nome Evanilde Rosa e esta chamou sua mãe e irmãos que foram buscá-la, gerando mais discussões e tentativa de agressão contra um cidadão de nome Claudenir, irmão da mulher que havia sido agredida.

Já na rua Claudenir encontrou Cristiano “Tuta” e lhe contou o ocorrido e este tomou suas dores. Posteriormente, Tuta e Ronaldinho se encontraram e ambos passaram a discutir. Foi então que Tuta sacou de uma arma e desferiu quatro tiros contra Ronaldinho, causando-lhe lesões que o levaram ? morte. Após os disparos Tuta foi até a casa de sua namorada onde deixou o revólver, que foi enterrando no quintal, mas acabou apreendido pela polícia. Posteriormente, Tuta foi preso pelo assassinato de um tenente da PM e estava aguardando o julgamento na Penitenciária de Hortolândia.

Fotos: Valéria Cuter

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