Advogado abandona sala de júri e julgamento é adiado

Polícia
Advogado abandona sala de júri e julgamento é adiado 24 setembro 2015

Um desentendimento entre o advogado de defesa Roberto Fernando Bicudo com a juíza do Tribunal de Júri de Botucatu resultou no cancelamento do julgamento de Fabiano Souza Silva, o Paraíba, acusado pelo assassinato de um cidadão chamado Marcos Pinto, conhecido como Quitão, ocorrido no dia 25 de outubro de 2013, na garagem de casa dos parentes da vítima na Rua Regente Feijó, que faz cruzamento com a José Candeias Júnior, na Vila Real.

O réu entrou em plenário e suas algemas não foram retiradas. O advogado alegando que isso feria seus direitos, já que no seu entendimento nenhuma pessoa pode passar pelo constrangimento de permanecer algemado enquanto estiver na sala do júri em julgamento. Já a magistrada alegou que as algemas seriam mantidas por segurança. Sem acordo, o advogado abandonou o plenário e um novo julgamento deverá ser agendado.

 

Relembrando o fato

Marcos Quitão, julgado e condenado a 30 anos de reclusão por um duplo assassinato e um homicídio tentado, cumpria pena na Penitenciária de Bauru desde 2006 e também já esteve envolvido com o tráfico de entorpecentes. Ele havia sido beneficiado com a saída temporária, conhecida como “saidinha” do Dia das Crianças e chegou a Botucatu na sexta-feira e ficaria em liberdade até o final da tarde de terça-feira quando se apresentaria à carceragem do presídio.

Entretanto, dois elementos armados e encapuzados entraram pela lateral da casa (Rua José Candeias Júnior) que estava com o portão aberto e chamaram por Quitão. Quando este apareceu na porta da sala recebeu uma saraivada de balas de pistola 9 mm. Foram disparados 36 tiros, sendo que 16 deles atingiram diferentes partes do corpo da vítima, principalmente, na cabeça. Após o crime os assassinos fugiram. Fabiano Souza Silva foi identificado e preso. Ele também é apontado como autor do assassinato de Edivaldo Ferreira Cardoso, conhecido como Pucão.

Na ocasião Fabiano Silva falou à reportagem que participou do crime acompanhado de um companheiro alcunhado de “Tico”, que segundo ele mora em São Paulo. “Eu tinha umas “treta” com o Quitão porque ele agrediu minha mãe e prejudicou amigos meus, “tá” ligado?  O Tico também tinha bronca dele. Ficamos sabendo da saidinha e fomos até a casa onde ele estava e fizemos o serviço. Não estou arrependido por que o Quitão matou e prejudicou muita gente”, disse o acusado.

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