Adolescente envolvido no tráfico se tornou rotina

Polícia
Adolescente envolvido no tráfico se tornou rotina 13 janeiro 2015

Como vem alertando o juiz da Vara da Infância e Juventude de Botucatu, Josias Martins de Almeida Júnior (foto), casos de adolescentes infratores se enveredando ao crime têm aumentado nos últimos anos, principalmente os relacionados ao tráfico de entorpecentes, relatados com muita frequência pelos meios de comunicação.

O mais recente caso foi um adolescente 17 anos ser apreendido nesta segunda-feira na Rua Delfin das Graças Cardoso, na Vila Mariana, depois de tentar fugir de uma ação dos policiais militares Teixeira e Jerônimo. Com esse garoto havia  18 “parangas” de maconha, três pinos de cocaína, duas pedras de crack e R$ 157,00 em dinheiro. O adolescente foi recolhido à Cadeia Pública de Itatinga.

Segundo o juiz muitos adolescentes acabam entrando para a criminalidade, incentivados principalmente por traficantes que oferecem o ganho do dinheiro fácil eles são levados ao crime, pois vêem a possibilidade de sustentar suas famílias e na maioria dos casos sustentar o próprio vício ocasionando um grave conflito social.

“A inclusão de adolescentes no tráfico de entorpecentes em Botucatu, no contexto atual, é preocupante. Posso dizer que 90% dos atos infracionais praticados por adolescentes estão relacionados ao tráfico. É preocupante porque o tráfico tem acabado com a infância, tem acabado com a juventude do adolescente e afetado diretamente sua família. Hoje as drogas, principalmente o crack, é um fator decisivo na prática do crime”, frisou Josias Júnior.

Magistrado realça que tem sido rigoroso com essa situação e aplicado medidas de internação para que o adolescente tenha um atendimento médico, psicológico e de drogadição. “Muitas vezes ao internar um menor por um determinado período, estamos, sim, protegendo sua vida. E não podemos nos esquecer que o adolescente que vem de uma família desestruturada está mais vulnerável para entrar na criminalidade. Tirar o adolescente desse ambiente é a nossa obrigação, é obrigação da sociedade“, finalizou o juiz.


Foto: Valéria Cuter

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