Trabalhadores da zona azul são humilhados por motoristas

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Trabalhadores da zona azul são humilhados por motoristas 13 setembro 2012

Os jovens que trabalham na zona azul da Cidade, onde estão instalados os parquímetros reclamam que estão passando por dissabores e são humilhados por motoristas que não admitem pagar multas por exceder o tempo de estacionamento e, além de esbravejar contra a infração, acabam por ofender, moralmente, os trabalhadores. Também não são raros motoristas estacionarem em vagas reservadas para aposentados e deficientes físicos.

Com uma moeda de R$ 1,00 colocada no parquímetro o motorista tem o direito de permanecer estacionado por 43 minutos, mas caso exceda esse tempo, é obrigado a pagar uma multa de R$ 10,00 e é isso que vem acontecendo nas vias de zona azul. Inconformado com a aplicação de multa o motorista acaba ofendendo o trabalhador que faz a notificação. Recentemente, uma multa de R$ 10,00 aplicada a um eletricista fez com que ele fosse tirar satisfação na empresa e acabou quebrando uma porta. O fato gerou grande repercussão na Cidade.

O supervisor da empresa Auto Parque do Brasil que explora o sistema dos parquímetros na Cidade, Paulo Afonso, enfocou que as ofensas contra os funcionários são comuns e alguns motoristas quando recebem a notificação da multa acabam por ofender e ameaçar quem faz a fiscalização de controle do tempo dos veículos estacionados.

“Se o motorista estaciona certinho e com o ticket em dia, não terá nenhum problema, mas existem as pessoas que ainda não se adequaram ao sistema de estacionamento por parquímetro e se irritam quando são autuadas”, enfoca Afonso. “O problema é que a pessoa acaba mostrando sua indignação com o sistema ofendendo e ameaçando funcionários que nada mais fazem do que cumprir as normas da empresa, estabelecidas em contrato”, complementou.

O secretário municipal de Trânsito, engenheiro Vicente Ferraudo, salienta que a instalação dos 47 parquímetros no perímetro de zona azul veio para equalizar o grave problema de falta de estacionamento que havia na região central da Cidade, aumentando a rotatividade dos veículos gerando mais vagas. “Se alguém ainda tem dúvida com relação ao funcionamento do sistema, que se mostrou eficaz, pode procurar um dos funcionários ou se deslocar até a sede da empresa, onde as explicações lhe serão dadas. Nada justifica a agressão verbal contra os funcionários”, disse Ferraudo.

Para o comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar, capitão José Semensati Júnior, a atitude de alguns motoristas contra os funcionários da zona azul pode se caracterizar em crimes de calúnia, injúria e difamação. “Infelizmente, as agressões verbais existem e isso não passa de covardia, pois os motoristas que ofendem funcionários com palavras de baixo calão, sabem que não irão reagir. Gostaria que esses mesmos elementos tivessem a mesma coragem na frente da PM. Pode ter a certeza de que ele receberia voz de prisão por desacato na mesma hora”, frisa o capitão.

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