Trabalhadores da Duratex entram em greve

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Trabalhadores da Duratex entram em greve 17 agosto 2014

Fotos: Luiz Fernando

 

Desde as 6 horas da manhã deste domingo (17) os funcionários da Duratex de Botucatu umas das maiores empresas de fabricação de chapas de fibras prensadas do mundo, está em greve.  O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Botucatu e Região (Sinticom), depois de assembleia realizada na sede da entidade com os trabalhadores na semana passada, havia decretado estado de greve e prometia parar a qualquer momento.

Os funcionários do turno das 6 horas não entraram para trabalhar e foram embora para casa para aguardar o desfecho do movimento. Os funcionários do período noturno interromperam a produção e também foram para casa. A última greve da Duratex aconteceu em 1985, quando a empresa permaneceu parada por quatro dias.

O diretor social do sindicato, José Luiz Fernandes, revela que a greve foi decidida em razão de a empresa de fabricação de chapas não atender as reivindicações da classe. Segundo ele, a data base para reajuste é em julho, mas as negociações foram iniciadas em abril e, desde então, foram realizadas várias rodadas (de negociações), sem que o acordo fosse consolidado.

Os trabalhadores pleiteiam 6,06% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de reposição salarial equivalente as perdas do período e mais de 1,5% de aumento real, totalizando 7,56%, vale-alimentação de R$ 150,00 entre outros. De acordo com o sindicato, a empresa inicialmente ofereceu 2% e, posteriormente, chegou aos 6,06% para cobrir a inflação dos últimos 12 meses e quer reduzir o desconto do convênio médico em folha de pagamento de R$ 18,00 para R$ 11,32.

“Fizemos tudo que a lei exige, ou seja, assembleias para colocar os funcionários a par da situação e comunicamos a decisão dos funcionários à empresa com 72 horas de antecedência e esse prazo se expirou às 17 horas de sexta-feira (15). Como não houve nenhuma manifestação por parte da empresa, a greve foi deflagrada”, disse Fernandes.

Ele adianta que nenhum funcionário foi forçado a participar do movimento. “Nós, simplesmente, explicamos os motivos da paralisação e eles aderiram. Apenas uma minoria entrou na fábrica”, disse o sindicalista, completando. “Agora nossa recomendação é que (os funcionários) permaneçam em suas casas aguardando que a empresa abra mais uma rodada de negociações”.

Vários policiais militares estiveram no local para garantir a segurança dos trabalhadores e nenhum incidente foi registrado. “A PM está no local apenas para evitar qualquer tipo de confronto ou manifestações de violência. Felizmente está tudo tranqüilo e esperamos que as duas partes cheguem ao consenso”,  colocou o sargento Francisco.

 

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