SESMT do Hospital das Clínicas conta com bombeiro civil

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SESMT do Hospital das Clínicas conta com bombeiro civil 14 julho 2016

bombeiro-hcNeste mês de julho, é comemorado o Dia do Bombeiro Brasileiro, e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) é o único hospital público paulista a ter um bombeiro civil em seu quadro de funcionários, pertencente ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), conforme relata João Cruz, Diretor do Serviço. Este profissional possui várias atribuições, a fim de propiciar segurança para milhares de pessoas (funcionários, pacientes, acompanhantes e visitantes) que passam pelo HCFMB diariamente.

O Bombeiro Civil, em conjunto com a equipe de Engenheiros e Técnicos deste setor, é responsável em adequar o Hospital com o Decreto Estadual 56.819, de 10 de março de 2011, que Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de risco no Estado de São Paulo.

Segundo João Cruz, a ideia de se ter um bombeiro civil no HCFMB surgiu quando o Serviço foi formatado, em fevereiro de 2011, para que, posteriormente, a Brigada de Incêndio fosse criada e treinada. “A importância do bombeiro para o Hospital é que ele tem este olhar clínico, não somente em combate a incêndios, mas também na prevenção, nos Primeiros Socorros e no atendimento primordial, por exemplo, num acidente ou a pessoas com mal súbito. O Bombeiro Civil é o profissional habilitado para atender estes casos enquanto não chega um socorro oficial”, relata.

Além do treinamento da Brigada de Incêndio, em conjunto com outros profissionais do SESMT, o Bombeiro Civil realiza os testes mensais das bombas de incêndio, a inspeção mensal e a troca anual de todos os 582 extintores, além de visitas nos setores para analisar os riscos de incêndios e extintores obstruídos em todo o Complexo HC, a fim de garantir o correto funcionamento dos equipamentos.

Funcionário do Hospital há 10 anos, sendo dois deles como Bombeiro, Alex Amaral Soler reforça a ideia de que os conhecimentos transmitidos nas palestras e treinamentos não são somente utilizados no ambiente profissional. “Passamos noções básicas de combate a princípios de incêndio e esse aprendizado não será aplicado apenas no HCFMB, mas também no dia-a-dia, tanto dentro da residência ou no momento de lazer”.

E como é atuar como Bombeiro Civil num Complexo de grandes dimensões como o HCFMB? Alex reitera que a sua atuação vai além de ajudar pessoas em casos de risco eminente. “Meu trabalho é também conscientizar os trabalhadores dos riscos que estão em sua volta e fazer com que comecem a ter um olhar mais clínico dos perigos que possam surgir, caso não seja feita uma manutenção preventiva. A cultura de prevenção no povo brasileiro ainda é muito ausente e esse é o meu foco nos treinamentos: passar que a prevenção, sim, salva vidas. É muito gratificante trabalhar aqui e gostaria de agradecer à Luciléia Stocco (Diretora do Departamento de Gestão de Pessoas) e ao João Cruz (SESMT) pela confiança e pela oportunidade de atuar como Bombeiro Civil no Complexo HCFMB. Fico honrado em fazer parte dessa equipe”, finaliza.

HCFMB conta com Brigada de Incêndio

Ação dos brigadistas contribui para a segurança dos usuários do Complexo HC

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Segundo o Decreto 56819/2011 (que Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de risco no Estado de São Paulo ), a prevenção de incêndios é definida como “o conjunto de medidas que visam: evitar o incêndio; permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco; dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros”.

Para auxiliar os bombeiros a prevenir e combater incêndios nas empresas, foram criadas as chamadas Brigadas de Incêndio, definidas como grupos de funcionários (próprios ou terceirizados, voluntários ou não) treinados e capacitados em primeiros socorros e em prevenção e combate a incêndios.

A ação desta Brigada pode ser crucial para o desfecho de uma situação crítica, conforme afirma Fabio Suraci Picchiotti, Engenheiro do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB). “O combate ao princípio de incêndio tem que ser rápido porque, em pouco tempo, ele pode se agravar. Então, até a chegada de um bombeiro militar e o início do combate efetivo do incêndio, é preciso que se previna o agravamento da situação ou mesmo até a extinção do princípio de incêndio. Por isso, é importante uma resposta rápida e o brigadista é essencial para essa ação”.

Composição da Brigada de Incêndio

A composição de uma Brigada de Incêndio depende da classificação do estabelecimento, conforme definido pela Instrução Técnica 17 (IT17) do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Segundo informações disponibilizadas pelo SESMT, o HCFMB, neste caso, enquadra-se no Grupo H (Serviço de Saúde e Institucional), na Divisão H-3 (Hospital e Assemelhado), com grau baixo de risco e com nível de treinamento intermediário: portanto, precisa ter 6 brigadistas para até 10 funcionários e mais 1 a cada 20 por pavimento.

Atualmente, o HCFMB possui cerca de 120 brigadistas ativos e, neste ano, uma reciclagem está sendo realizada para atualizar o conhecimento e agilizar o atendimento dos profissionais. A previsão do SESMT é que, assim que terminar a reciclagem dos atuais brigadistas, sejam abertas turmas para que novos profissionais sejam treinados.

João Cruz, Diretor do SESMT, ressalta a importância da Brigada para o Hospital e destaca que, em setores específicos (Centro Cirúrgico e UTIs, por exemplo), todos os seus profissionais devem ser brigadistas, com conhecimento pleno para evacuar as áreas em caso de necessidade. “A ideia é formar todos, mas estamos com dificuldade de chegar a este número por questões de complexidade e de tempo. Nós temos que contar com este grupo para auxiliar o Bombeiro Civil, que comandará a operação nos casos de combate”.

Alex Amaral Soler, Bombeiro Civil do HCFMB, reforça a necessidade do auxílio dos brigadistas para o seu trabalho: “Temos somente um bombeiro civil e, por este motivo e por questões logísticas, às vezes, é difícil presenciar um princípio de incêndio. Por essa razão, é fundamental a presença dos brigadistas no HCFMB para combater este início”.

Quem pode ser brigadista no HCFMB?

Para entrar na Brigada, é necessário passar por um curso de capacitação, com validade de um ano. “O treinamento para a Brigada é de oito horas e envolve vários conhecimentos na aplicação do combate ao incêndio, prevenção e primeiros socorros. Ele possui uma parte teórica e outra prática, em que é feita uma simulação de situações de princípio de incêndio, com o teste do manuseio de extintores e hidrantes. É importante ressaltar que o conhecimento adquirido é muito utilizado não somente aqui no Hospital, mas fora também: em casa, com a família”, afirma Fábio.

Valdeir José da Silva, brigadista e funcionário do Núcleo de Ouvidoria, reforça a importância do curso. “Achei muito interessante para termos conhecimento do que fazer em casos de necessidade, como desligar um botijão ou realizar os primeiros socorros. O curso é muito bom e recomendo a todos que façam”, enfatiza.

As próximas datas para o Treinamento de Brigada de Incêndio no HCFMB são: 14 de julho; 04, 12 e 25 de agosto; 13 e 29 de setembro e 18 de outubro, das 8h às 17h. A parte teórica (pela manhã), geralmente, é feita na Sala 01 da Casa do Servidor e a aula prática é feita na parte da tarde, na Base da Vigilância (Caixa d’Água).

“Temos uma obrigatoriedade a cumprir perante a Legislação e estamos trabalhando há quatro anos para formarmos esta Brigada que deve chegar, pelo menos, em torno de 320 pessoas no Hospital para atender aos requisitos legais. Os brigadistas, assim, são os agentes multiplicadores neste sentido de combate”, finaliza João.

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