Revolução Constitucionalista completa 82 anos

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Revolução Constitucionalista completa 82 anos 09 julho 2014

Embora seja feriado e, poucas pessoas sabem o que representa,  o dia 9 de julho é a data em que se comemora a Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do “governo provisório” de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova Constituição para o Brasil. Foi considerado o maior movimento cívico da história de São Paulo.

A revolução foi desencadeada com a morte de quatro estudantes em praça pública: Miragaia, Martins, Dráuzio e Camargo, que faziam discursos conclamando o povo a lutar contra a ditadura Vargas. O nome dos quatro serviu para no futuro designar o movimento paulista: MMDC. O primeiro a morrer foi Camargo, justamente o estudante que era casado e pai de três filhos.

A revolução teve apoio de amplos setores da sociedade paulista. Foram às armas intelectuais, industriais, estudantes e outros segmentos das camadas médias, políticos ligados à República Velha ou ao Partido Democrático. O que os movia era principalmente a luta antiditatorial.

Nos poucos meses de conflito, São Paulo viveu um verdadeiro esforço de guerra. Não apenas as indústrias se mobilizaram para atender às necessidades de armamentos, mas também a população se uniu na chamada “Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo”. Pela primeira vez buscavam-se iniciativas não apenas militares para romper o isolamento a que o estado fora submetido.

Foram quase três meses de batalhas sangrentas, encerradas em outubro daquele mesmo ano, com a derrota militar dos constitucionalistas, mas faltou, no entanto, a esperada adesão das forças mineiras e gaúchas. Os governos de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, embora apoiassem a luta pela constitucionalização, decidiram manterem-se leais ao “governo provisório”.

A empreitada militar paulista foi mal sucedida: as tropas do estado perderam a guerra, sufocadas pela superioridade numérica e técnica do exército brasileiro. Mas sua luta não foi completamente em vão: dois anos depois, em 1934, o governo central promulgava uma nova constituição, mostrando que a revolta conseguira, ainda que tardiamente, atingir seu principal objetivo declarado

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