Onça parda que foi atropelada teve que ser sacrificada

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Onça parda que foi atropelada teve que ser sacrificada 17 junho 2014

Embora a equipe do Centro de Medicina e Pesquisas em Animais Selvagens (Cempas) coordenada pelo professor doutor Carlos Roberto Teixeira, do Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu, tenha travado uma verdadeira batalha médica para tentar salvar uma onça parda (suçuarana), ela teve que ser sacrificada na manhã  desta terça-feira (17).

Essa onça foi socorrida pela Polícia Ambiental com ferimentos nas patas depois de ter sido atropelada na madrugada desta segunda-feira (16), na Rodovia Osni Matheus (SP-261), próximo ao córrego dos Patos, entre Macatuba e Pederneiras. O animal é um macho adulto de 53 quilos.

Com o impacto da colisão, a onça sofreu fraturas e foi anestesiada pela equipe do zoológico de Bauru e transportada pela polícia de Barra Bonita ao Hospital Veterinário de Botucatu, onde detectou-se que o acidente havia sido muito grave e rompeu a coluna cervical que deixaria o animal tetraplégico. Em razão disso, passou pelo processo da eutanásia.

 

Outro caso

A equipe do Cempas também cuida de uma onça parda desde o dia 3 de abril deste ano. Esse animal, um macho, adulto, de aproximadamente cinco anos e 46 quilos sofreu um atropelamento no km 328 da SP-300 – Rodovia Marechal Rondon, região de Agudos por um VW Gol, com placas de Lençóis Paulista (SP). O motorista disse, na ocasião, que a onça havia atravessado a pista e ele não conseguiu frear a tempo de evitar o choque. Inicialmente, a onça foi levada ao Jardim Zoológico de Bauru, mas em razão da gravidade dos ferimentos foi trazida ao Cempas de Botucatu, onde passou por cirurgia e permaneceu em tratamento intensivo.

 “Ela sofreu fraturas nos ossos dos membros posteriores e inferiores e também um traumatismo craniano e desde que chegou nos preocupou muito. Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para salvá-la, pois não queremos perder  um animal desses, pois se trata de um belo exemplar, como há muito tempo eu não via”, disse o professor  Carlos Teixeira.

Teixeira explica que o desenvolvimento das monoculturas, o avanço das construções urbanas nas áreas verdes e o aumento das malhas viárias diminuem os habitats naturais desses animais que acabam invadindo áreas urbanas onde entram em contato com seres humanos e acabam feridos e, muitas vezes, mortos.

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