Fundação CASA atende a 56 adolescentes infratores

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Fundação CASA atende a 56 adolescentes infratores 11 agosto 2010

O Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, ou Fundação CASA, como é mais conhecido está realizando um trabalho em Botucatu que busca a reintegração de adolescentes infratores ? sociedade. Administrada pela advogada Juliana Rosa, a entidade tem capacidade para atender 56 adolescentes e jovens na faixa etária compreendida entre 12 a 21 anos incompletos. São 16 vagas para medida de internação provisória e 40 para medida de internação.

Para manter a operacionalidade diária, a unidade conta com aproximadamente 100 pessoas, sendo 50% delas da própria Fundação custeada pelo governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. O quadro se completa com funcionários do Centro Regional de Registro e Atenção aos Maus Tratos na Infância (Crami) e terceirizados.

O Centro de Botucatu iniciou suas atividades em novembro de 2006 e antes de ser inaugurado os adolescentes de Botucatu eram internados em diferentes regiões do Estado e na própria capital, longe do contato dos familiares que encontravam dificuldades para realizar as visitas.

Não bastasse isso, os adolescentes eram internados em unidades da Febem – Fundação Estadual do Bem Estar do Menor, que eram conhecidas como “escola de marginais” e os adolescentes saíam muito pior do que entravam. As Fundações CASA espalhadas pelo Estado vieram a mudar esse conceito.

Em Botucatu estão em regime de internação, adolescentes que praticaram os mais diferentes tipos de delitos, principalmente, tráfico de entorpecentes. Recebem, diariamente, atendimento que consiste na oferta das assistências básicas como material, educacional, cultural, esportiva, lazer, saúde, social, religiosa e jurídica. A média de internação é de um ano e dois meses.

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“Procuramos manter os adolescentes em atividade desde que levantam até a hora em que vão se deitar. Para isso, temos professores que prestam atendimento constante proporcionando aos internos atividades variadas compreendendo o ensino formal, a educação profissional, educação física e esportiva, atividades culturais e de lazer, entre outras”, enumera a diretora Juliana Rosa.

“Tudo isso, visando a conscientização desses adolescentes e jovens para o resgate da auto-estima, cidadania e solidariedade priorizando o atendimento integral, com ênfase nas ações voltadas para a educação para o trabalho, cidadania e desenvolvimento pessoal e social”, acrescenta a diretora.

Ela enfatiza que os adolescentes buscam dar prioridade as atividades educacionais, esportivas e artísticas, que mais se identificam com eles próprios e isso não tem ficado restrito nas dependências da entidade. “Os adolescentes tem se apresentado em teatro interpretando peças, festival de música, campeonatos esportivos e realizando exposições. Esta é uma maneira de fazer com que eles sejam, gradativamente, reintegrados ao convívio social. É esse o nosso objetivo”, concluiu Juliana Rosa.

A reportagem do {n}Jornal Acontece{/n} esteve visitando a entidade para conhecer de perto o trabalho que é desenvolvido com os adolescentes infratores e passeando pelas mais diferentes alas conversando com professores e coordenadores dos mais variados projetos que são desenvolvidos e observando os internos realizando diferentes tipos de atividades.

De uma maneira geral a imagem que fica é a satisfação dos adolescentes, muitos deles vindos de famílias desestruturadas, que mesmo em regime de internação encontram na Fundação uma oportunidade real de encontrar uma luz no fim do túnel, aprender uma profissão e ser útil ? sociedade.

Fotos: Valéria Cuter / divulgação

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