Ferroviário lembra os 61 anos da queda de trem em viaduto

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Ferroviário lembra os 61 anos da queda de trem em viaduto 26 maio 2014

Por Jairo Pires de Campos

 

Sério acidente ferroviário aconteceu nesta cidade, no dia 23 de maio de 1953 (numa tarde de sábado), com a queda de uma locomotiva do Pontilhão da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS)  situado entre a Avenida Marechal Floriano Peixoto e a Rua Major Matheus (Bairro). Duas locomotivas de trens trafegando em sentidos opostos na mesma linha, vieram a se chocar justamente sobre a referida ponte, tendo uma delas (a que procedia de Rubião Júnior) se descarrilado e despencado sobre a avenida.  Em razão desse desastre, preciosa vida de um ferroviário se perdeu.

Portanto, dia 23 de maio –  sexta-feira – esse desastre  completou 61 anos. Mais de meio século já se passou, todavia as preocupações a respeito da possibilidade de que o fato possa se repetir no local, a qualquer momento estão sempre presentes. Entidades, políticos, ferrovia têm cuidado do assunto, havendo opiniões divergentes.

Assim é que  (citando  os  mais   próximos), em 2006 os vereadores Professor  Gamito, Cula e Josey trataram dessa questão (“D.S.” 13/10/06). Em 2009, o vereador Gamito, individualmente, voltou a abordar o mesmo assunto, recebendo apoio de seus pares. (“D.S.” – 13/03/09).  Em janeiro de 2013, a Defesa Civil, igualmente preocupada com o caso, manifestou-se a respeito (“D.S.” – 12/01/13). Com data de 12 de janeiro de 2013, foi a vez de Roberto Antônio Colenci de se manifestar (“D.S.” – 15/01/2013). Em 05/02/2013, grupo de ferroviários aposentados, integrantes da ONG “Pproteffer”, conduzido pelo seu presidente José Luiz Vieira, fez uma visita de observação ao local em causa. O sr. Vieira filmou essa visita.  Convidado, também estive presente à mesma e fiz algumas fotos no local.

No ponto de vista dessa entidade, a segurança no pontilhão  é motivo para  permanente atenção visando prevenir eventual repetição de acidente no local, embora de possibilidade remota.

O Sr. Jayro José dos Santos, ferroviário aposentado, integrante da referida ONG, por sua vez, entende que no pontilhão, por precaução, a instalação nas laterais da linha férrea, de “bandejas”, viria reforçar a segurança no local prevenindo  possibilidade de queda de alguma peça   que eventualmente viesse se desprender de uma composição trafegando pela ponte, provocando algum acidente.  Cita como exemplo, uma pesada “sapata” de freio, que por vezes já tem sido encontrada à beira da linha na região, possivelmente despendida de alguma unidade ferroviária.

De minha observação in loco:  Possivelmente,  com a finalidade de oferecer condições técnicas operacionais para o pontilhão a ser construído – mormente, quanto à altura para passagem de veículos no vão inferior -, na época, em razão  da  peculiaridade  topográfica nesse  trecho,  a  linha partindo da estação férrea, executa certo desvio à esquerda e a partir da ponte, uma curva à direita.  Trafegam pelo local, pesadas composições carregadas, compostas com até mais de cem unidades, integradas por duas, três ou mais locomotivas, que combinado com o esforço de tração, esses trens exercem também grande pressão lateral sobre os trilhos.  Talvez  daí é que resulta o temido perigo alegado nas manifestações.

A ferrovia América Latina Logística (AAL), já se manifestou contrária ao risco de acidente nesse local.  A segurança desejada e reclamada para o local é caso que cabe aos técnicos no assunto.

 

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