“Deus que perdoe ele”, diz mãe da vítima após julgamento de João Mathias

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“Deus que perdoe ele”, diz mãe da vítima após julgamento de João Mathias 24 março 2017

 

Foto Acontece Botucatu: “Eu fiquei com pena dele”, disse mãe de vítima

Após a sentença lida no Tribunal do Júri que sentenciou o ex-empresário João Mathias, já na madrugada desta sexta-feira, dia 24, uma pessoa em especial se sentia aliviada, apesar do histórico de sofrimento. Dona Elza Pereira, mãe da vítima Sueli Pereira.

Já idosa, com dificuldade para se movimentar, ela acompanhou o julgamento desde as primeiras horas da manhã de quinta-feira, 23. Se ausentava por breves períodos para ir ao banheiro, tomar água, se alimentar ou mesmo para descansar.

Já passava da meia noite e Dona Elza estava lá, quase que em uma carga extra de sua capacidade física para ouvir atentamente o Juiz Dr. Henrique Alves Corrêa Latarola proferir a sentença que punia João Mathias com 37 anos, 7 meses e 15 dias pela morte de sua filha, então com 39 anos e Ademir Matias, no dia 07 de dezembro de 2014.

“Nem que ele ficasse 50 anos na cadeia, isso não ia trazer minha filha de volta. Mas eu acho que foi feita justiça. Mas eu fiquei com pena dele, é muito triste uma cadeia. Deus que perdoe ele”, disse ao Acontece Botucatu Dona Elza.

Emocionada, ela ainda disse que não sente raiva de João Mathias. O condenado manteve um relacionamento de 12 anos com Sueli Pereira. “Não guardo raiva assim. Já tive muita raiva dele, mas hoje não, agora eu tenho dó, pena dele, muito triste”, falou em lágrimas.

Foto Acontece Botucatu: Após pena de 37 anos, Defesa de João Mathias irá recorrer

“Sou uma mulher doente, tenho vários problemas de saúde. Foi muito difícil passar o dia todo aqui, foi difícil”, completou.

Agora condenado, João Mathias já cumpriu dois anos em regime fechado. O principal debate entre acusação e defesa foi sobre o “motivo torpe”, ou seja, sem um motivo racional para tentar justificar o crime.

Na acusação, o Promotor Marcos Corvino alegou que Mathias premeditou o crime, indo ao local da festa no Guarantã com a intenção de dar fim a vida da ex-namorada e do novo companheiro dela, por não aceitar o fim do relacionamento.

Em contrapartida, a primeira frase usada pelo advogado José Roberto Pereira na defesa foi: “Ninguém aqui quer absolvição, queremos apenas condenar de acordo com as provas aqui apresentadas”, declarou o advogado, justificando que não foram apresentadas provas que justificassem o aumento da pena.

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