O juiz da 5ª Vara Cível da Comarca de Joinville, Walter Santin Júnior, confirmou ao jornalista Claudio Loetz, do Diário Catarinense, que a Busscar pode ser comprada pela Caio Induscar, encarroçadora de ônibus de Botucatu, interior de São Paulo. Inicialmente a Caio tinha negado a informação, mas agora, segundo o juiz, a empresa do Grupo Ruas manifestou interesse oficial em comprar as instalações, equipamentos e tecnologia.
A Caio é líder no segmento de ônibus urbanos, mas tem presença inexpressiva no mercado de rodoviários. A encarroçadora paulista pediu informações sobre a tecnologia empregada no modelo rodoviário Double Decker (de dois andares) da Busscar, o Panorâmico DD.
Se a Caio contatar a viabilidade do processo industrial deve oficializar a compra. A empresa deve ter o pedido acatado desde que mantenha o sigilo industrial. Advogado da Caio esteve ontem, quarta-feira, 8 de fevereiro 2017 , no Fórum de Joinville e confirmou o valor proposto de R$ 67,5 milhões.
A Caio está entre o grupo de investidores que apresentou esta proposta oficialmente, entretanto, o nome da compradora é mantido em sigilo. A homologação da proposta da compra da Busscar pela Caio deve ocorrer até o final do mês.
“Desejo fazer a homologação até o Carnaval. A partir da próxima segunda-feira, dia 13, encaminharei para o administrador judicial Rainoldo Uessler se manifestar no prazo de cinco dias úteis. E, na sequência, o Ministério Público também terá igual tempo para se pronunciar.” – disse o juiz ao jornalista.
Empresas estrangeiras declinaram
Terminou na última terça-feira dia, 7, o prazo para as empresas estrangeiras apresentarem a documentação e oficializarem o interesse na Busscar. Nenhuma delas conseguiu cumprir o prazo.
O grupo chinês Liaoyuan Group pediu seis meses para evoluir com projeto de compra. Já o grupo português Imparável Epopeia UniPessoal Ltda disse que tinha apenas um projeto que não tinha sido aprovado. O grupo tentava vender a ideia de compra para investidores suíços.
Já um grupo de investidores imobiliários de Joinville teve proposta negada por não se enquadrar nas exigências judiciais. Conforme mostrou o Diário do Transporte, a Justiça aceitou o prosseguimento da proposta de R$ 67,15 milhões do grupo brasileiro pelas três unidades fabris da Busscar. O valor compatível aos 49% da avalição inicial exigidos pela Justiça – (R$ 133.151.088,11).
A compra se daria em 52 parcelas: entrada de 14%, o que equivale a R$ 9,4 milhões, e o restante, R$ 57,74 milhões corrigidos por índice determinado pelo Tribunal de Justiça. Em 2016, houve três tentativas de leilão de todo o conjunto dos bens e plantas e com a possibilidade também de aquisição de forma isolada, mas não houve apresentação de propostas.
Fonte: Diário do Transporte/Adamo Bazani
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