Burocracia atrasa entrega de casas populares em Bofete

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Burocracia atrasa entrega de casas populares em Bofete 02 dezembro 2016

 

Foto: Reprodução/TV TEM
Foto: Reprodução/TV TEM

Cerca de 40 famílias de baixa renda de Bofete esperam há meses poder entrar na casa própria. Elas são contempladas com as unidades do Residencial Vila Nova Boa Esperança, que já tem até algumas moradias quase prontas, mas a burocracia entre os construtores e gestores da obra está impedindo que essas pessoas saiam do aluguel e levem uma vida um pouco menos apertada.

A dona de casa Oraneide Batista Moraes mora em uma casa alugada com os três filhos. O lugar é pequeno, o quarto é junto com a sala, e o aluguel de R$ 570 é alto pra ela que ganha a vida fazendo faxina. “O meu sonho é ter a minha casa, que eu não precise pagar aluguel. Eu vou lá e fico triste, fico me perguntando: quando eu vou morar na minha casa?”

A obra do conjunto habitacional que está sendo construído em Bofete está orçada em R$ 1,6 milhão, verba que vem dos governos federal e estadual. São 40 casas que devem abrigar 40 famílias carentes da cidade. A obra era para ter sido entregue em março deste ano, mas caminha a passos lentos.

Algumas casas já estão prontas como a da desempregada Geni Jesus Ferreira, o problema é que nem ela consegue entrar no local porque precisa que todo o conjunto habitacional seja entregue. “Sse eu pudesse entrar do jeito que está, eu entraria. Tem que morar de aluguel, aluguel está caro. Você não ganha muito pra pagar aluguel, fazer compra, um monte de coisa. Se tivesse a casa, já era um dinheirinho a mais que ia sobrar.”

Em nota, a Construtora MC Gonçalves informou que o serviço está parado desde o dia 8 de novembro porque não está recebendo os repasses da gestora financeira do projeto. Ela informou ainda que a obra andou devagar até aqui porque chegou faltar até material para a construção.

A Cobansa, que é a empresa gestora financeira do projeto informou que a portaria do Ministério das Cidades que regulamentava o prazo da obra expirou em novembro e que até agora não houve a publicação de uma nova portaria. Enquanto isso não acontecer, não há previsão de retomada das obras. A Cobansa disse também que o Ministério das Cidades não respeitou prazos de liberação de verbas.

O Ministério das Cidades, por sua vez, informou em nota que os repasses são feitos conforme a instituição financeira atesta a conclusão das etapas das obras, que são definidas em cronograma pré-estabelecido. R$ 650 mil já foram repassados à financeira e, no momento, está em tramitação a proposta de prorrogação do prazo para a conclusão e entrega das casas.

Fonte: Portal G1

 

 

 

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