Acordo entre funcionários e empresa evita demissões

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Acordo entre funcionários e empresa evita demissões 22 janeiro 2016

Acerto consiste em diminuir a jornada de trabalho para quatro dias semanais, acarretando uma redução de 20%  dos salários, porém o programa governamental cobre 10%

 

Os funcionários da empresa Tecnault de Botucatu que funciona na  Rodovia  Marechal Rondon,  km 254,  e atua, principalmente, na fabricação de peças para maquinários agrícolas e caminhões,  fizeram um acordo, intermediado pelo Sindicato dos Metalúrgicos,  para evitar demissões, usando uma alternativa emergencial do Governo  Federal com a aplicação do Programa  de Proteção ao Emprego (PPE).

O programa consiste em diminuir a jornada de trabalho dos funcionários para quatro dias semanais (de segunda a quinta-feira, folgando sexta-feira,  sábado e domingo), o que acarretaria uma redução em folha de pagamento de 20%.  Porém, a PPE arca com 10% desse percentual. Com isso, o desconto em folha de pagamento fica em 10%.

“Esse acordo vale por seis meses e os funcionários terão estabilidade por oito meses, ou seja, dois meses a mais do que prevê o acordo. Caso a situação não melhore,  esse acordo poderá ser  prorrogado, se as duas partes (funcionários e empresa) concordarem”, disse tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos, José Carlos Lourenção.

Ele realça que este tipo de entendimento é bom para ambas as partes. “Claro que ninguém gosta de ter o salário diminuído, mas a crise que o país vive faz com isso seja a solução para evitar demissões. O funcionário recebe 10% a menos, mas ganha um dia a mais para descanso”, compara  o sindicalista.  "A empresa tem 180 funcionários e não haverá demissões", acrescenta.

 

Mais acordo

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos,  Miguel Ferreira da Silva lembra que no ano passado um acordo de redução de 20% (sem os 10% da PPA) foi firmado entre a Caio/Induscar com os funcionários passando a trabalhar quatro dias por semana  folgando os outros três. Já  a Irizar encaminhou vários funcionários para a matriz na Espanha e na filial de Marrocos.

 “É mais prudente reduzir o salário em 20% do que ficar sem emprego e sem os benefícios, principalmente num momento complicado da economia, quase sem oferta de empregos. Acredito que essa foi a decisão correta tomada pelos funcionários para superar essa fase e caso não haja o crescimento da economia outras empresas deverão  adotar esta medida, até que situação melhore. A diferença é que no caso da Caio/Induscar não foi aplicado o PPE, mas acredito que isso vai acontecer num acordo futuro”,  previu o presidente.

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