Mostra Cena Aberta traz “Moimórias” ao Municipal

Cultura
Mostra Cena Aberta traz “Moimórias” ao Municipal 19 março 2011

Uma experiência lúdica da memória. Essa é a proposta do espetáculo “Moimórias”, do Núcleo Olho de Boi, que sobe ao palco do Teatro Municipal Carmilo Fernandez Dinucci neste sábado (19), ? s 20h30, dando sequencia da Mostra “Cena Aberta”, com entrada franca.

“Moimórias” é um projeto realizado com apoio do Programa de Ação Cultural do Governo de São Paulo. O projeto é fruto de uma pesquisa de linguagem teatral da atriz Alexandra Tavares. “Tudo começou em meados de 2008 quando o dramaturgo Eduardo Joly me propôs uma experiência com um boneco de madeira esculpido por ele”, lembra a atriz.

Ao estudar a dramaturgia, o grupo chegou ao tema da memória, já que o boneco era um velho alfaiate. “Daí pesquisamos o mundo da alfaiataria e chegamos ? conclusão que a peça não teria palavras”, diz Alexandra, que é a manipuladora do boneco.

O personagem principal é um velho alfaiate solitário que tenta sobreviver na profissão mesmo com a concorrência das grandes indústrias e das roupas importadas. Em um dia de trabalho, ele vai encontrando objetos e, a partir deles, revivendo histórias. “A peça é uma dramaturgia aberta”, avisa Alexandra. “Não contamos uma história com começo, meio e fim. Cada objeto que o boneco encontra abre no público a chance de criar para si mesmo uma dramaturgia”, explica a atriz.

“Moimórias” trabalha com uma memória lúdica e aberta, longe da memória psicodramática que traz sofrimento. “É uma peça não só de teatro de bonecos, mas também de teatro de animação. Os objetos envolvidos ganham vida”, explica Alexandra.

Depois das apresentações, Núcleo Olho de Boi costuma promover debates para ouvir as experiências da plateia. “A ideia é saber de que forma essa dramaturgia toca o público”, ressalta a atriz. “O grupo propõe outra forma de fazer teatro. Usar o lado lúdico e não trazer uma regra clara de contar uma história”, acrescenta.
Sequencia da Mostra “Cena Aberta”

{n}Dia 20 {/n}
A Cia. da Tribo apresenta o espetáculo infanto-juvenil “Quixote Caboclo”, voltado para adultos e crianças acima de 10 anos.
A peça é inspirada em poemas, músicas e cordéis do poeta sertanejo Patativa do Assaré. Com direção musical de Magda Pucci, a montagem utiliza-se das linguagens do teatro de bonecos (mamulengo e sombras), cordel, dança popular e trilha sonora especialmente composta para contar a história de um Quixote caboclo que, após aprisionar um pássaro, conta histórias e causos de sua vida para que a ave volte a cantar.

{n}Dia 23 {/n}
A mostra recebe duas apresentações do Circo Amarillo. A primeira será o teatro de rua “Experimento Circo”, mostrando que na comunicação entre o circo tradicional e o contemporâneo, quatro personagens se juntam para dar vida a uma série de números circenses dentro de um espetáculo com a linguagem popular do circo de rua.

Risco, surpresa, imaginação e cumplicidade com o público, geram uma química união entre crianças e adultos, tornando-o um espetáculo para todas as idades. A música tocada ao vivo e a boa escolha dos fundos musicais faz ressaltar a fineza e precisão da movimentação dos atores.
O espetáculo de classificação livre mescla linguagens de expressão teatral, musica, dança e técnicas circenses como arame, malabarismo, mão a mão, diabolô, malabarismo com fogo, tecido, doble trapézio.

Já no palco o Circo Amarillo apresenta o espetáculo circense “Sem Concerto”, a peça acontece no lançamento de um disco musical, onde o inesperado acontece: o único disco se quebra.

De volta ao estúdio, um novo disco é gravado com a participação de um artista convidado. Durante a gravação os artistas vivem situações inesperadas que proporcionam ao público uma verdadeira viagem musical.
Além da música tocada ao vivo, o espetáculo agrega técnicas de circo e clown marcadas pela comicidade que agrada ao público de qualquer idade.

{n}Dia 24 {/n}
A companhia botucatuense de teatro Chafariz apresentará a peça “Vestígios”. O espetáculo é inspirado no livro “Vestígios de seara alheia” do escritor Marcos Luís Garita.

{n}Dia 25{/n}
A Cia. Delas de Teatro apresenta o espetáculo infantil “Histórias por telefone” voltado para adultos e crianças a partir de 4 anos.
A peça composta por pequenas histórias bem humoradas, repletas de espírito crítico, fantasia e delicadeza.

Toda noite, ? s nove horas, Senhor Bianchini liga para sua filha e lhe conta uma história inventada, mas não é só ela que aguarda ansiosamente o telefone tocar. Do outro lado da linha estão quatro curiosas telefonistas prontas para se ligar em mais uma história divertida do pai Bianchini.

O público é convidado a viajar nessas “Histórias por Telefone” junto com a menina, navegando em situações fantásticas, lúdicas e divertidas numa grande brincadeira.

{n}Dia 26 {/n}
A Cia. da Gioconda apresenta o espetáculo infanto-juvenil “Os olhos de Nebul”, voltado para adultos e crianças a partir de 7 anos. No século XXI, Nebul, vítima de uma feiticeira, fica cego. Se abate sobre o casarão onde mora, uma maldição, onde todos tem medo de entrar. Nebul envelhece e se sente sozinho, tendo por companhia seu único filho, em meio de inúmeros aparelhos de segurança, câmeras e circuitos internos.

O filho de Nebul, um jovem, vê o sofrimento e o isolamento que o pai sofre, mas não sabe o que fazer. Um dia, uma velha peregrina, sem temer a maldição, entra no casarão e diz que sabe que a cura é uma água milagrosa. Mas a única informação que dá é que quem sabe o caminho está numa estação de metrô do centro da cidade. O filho de Nebul, vendo que o pai jamais poderá fazer essa jornada, se oferece para ir em seu lugar, mesmo sem saber o que fazer.

{n}Dia 27 {/n}
A Cia.BR 116 encerra a Mostra com a peça “O Terceiro Sinal”, indicada o público de faixa etária acima de 14 anos. A apresentação faz parte do Circuito Cultural Paulista.

“Dentro de alguns minutos, sem nenhuma experiência prévia, tendo decorado o texto na última semana e tomado parte em apenas três ensaios, sem ser nem desejar me converter num ator, eu estaria me apresentando diante de uma plateia pagante num dos teatros mais mitológicos do país, sob a direção do mais histórico de seus diretores.” Este é o ponto de partida do ensaio “O Terceiro Sinal”, do jornalista, escritor e dramaturgo Otavio Frias Filho, que relata sua investigação participativa no espetáculo teatral “Boca de Ouro”, dirigido por Zé Celso. No mesmo dia, após o espetáculo também acontecerá um bate-papo com Beth Coelho.

{n}Oficinas

Dias 17 e 18 {/n}

Oficina de Interpretação – Coordenação da atriz, dramaturga e diretora Lucienne Guedes da Cia.Livre.

{n}Dia 19{/n}

Oficina de Introdução ao Teatro de Bonecos e formas animadas na terceira idade – coordenada por Alexandra Campos Tavares.

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