Mais um botucatuense entra para a imortalidade literária

Cultura
Mais um botucatuense entra para a imortalidade literária 18 março 2012

A cadeira número 26 da Academia Paulista de Letras (APL) tem um novo dono. Ela será ocupada pelo escritor e romancista de Botucatu José Fernando Mafra Carbonieri, que agora se torna um imortal e se junta aos sete escritores de Botucatu que marcaram seus nomes na Academia: Hernani Donato, Francisco Marins, Alceu Maynard Araújo, Ibiapava Martins, Israel Dias Novaes e Oracy Nogueira. Uma caravana de Botucatu foi até São Paulo para prestigiar a posse do novo membro que recebeu a medalha das mãos de Hernani Donato.

Como membro Carbonieri marca, definitivamente, seu nome na história literária do Brasil e entre para o grupo seleto da Academia Paulista de Letras, instituição fundada em 27 de novembro de 1909 por Joaquim José de Carvalho, que foi seu secretário-geral e primeiro titular da cadeira 4.
Conta com quarenta membros efetivos que só podem ser brasileiros que moram no Estado de São Paulo com obras literárias ou científicas publicadas e de reconhecido valor, ou que sejam personalidades de grande expressão na vida cultural do Estado. Fica no Largo do Arouche, no Centro de São Paulo e usa como símbolo a “rosa de cinco pétalas”, a eglantina.

{n}Mafra Carbonieri{/n}

Nasceu na cidade de Botucatu, a 13 de abril de 1935. Fez na sua terra os cursos fundamentais até formar-se pela Escola Normal, nome que a tradição mantém para o Instituto de Educação “Cardoso de Almeida”. Mudou-se aos 18 anos com a família para Bauru, cidade próxima, para ingressar na Faculdade de Direito da ITE, Instituição Toledo de Ensino.

Nessa época, iniciou suas atividades no magistério, dando aulas de literatura e língua portuguesa no Colégio São José, na Sociedade Civil de Educação “Guedes de Azevedo”, e no Instituto de Educação “Ernesto Monte”. Foi o primeiro professor, no Brasil, a relacionar o nome de Fernando Pessoa num plano de curso de literatura, e a estudá-lo em aulas sequenciais. Isso aconteceu em 1960, data da 1ª edição da Obra Poética pela José Aguilar.

Dirigiu jornais estudantis e acadêmicos e com a professora de francês e sociologia Sylvia Figueira Pinto, com quem se casaria em 1962, manteve no Diário de Bauru, por largo período, uma página literária. É autor de 15 obras literárias, muitas das quais traduzidas em outros idiomas. Têm no seu acervo, poema, literatura infantil, conto, novela e romance, entre outros.

Foi promotor público, professor de direito penal e juiz de direito do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo. Aposentou-se como desembargador do Tribunal de Justiça. Mesmo antes da publicação regular de seus livros, o autor recebeu várias distinções e prêmios literários.

Figura em antologias da rede Globo de Televisão, da Record, da Civilização Brasileira e da Ediouro. As mais recentes dessas obras coletivas são as da Ediouro, 2002, São Paulo, Os 100 Melhores Contos de Crime e Mistério da Literatura Universal, e da Record, 2007, Rio, Crime Feito em Casa.

Fotos David Devidé

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