ME DÁ UM GELINHO AÍ…

Rubens Almeida
ME DÁ UM GELINHO AÍ… 06 março 2014

Prezado leitor, já há alguns anos, tenho sido presenteado por Deus por ter a felicidade de “ser mais um” dirigente dos clubes sociais da terrinha. Foi assim na Associação Atlética Botucatuense, entre os anos 70, 80 e 90 e depois disso, na nossa querida Associação Atlética Ferroviária onde, orgulhosamente, há 10 anos, “estou” vice-presidente na diretoria do competente amigo João Francisco Chavari.
Nesses anos todos, até por gostar de carnaval, sempre procurei dar minha contribuição para a valorização desta grande festa popular – que é festejada não só por aqui, mas “copiada” pelo mundo inteiro – e sua sobrevivência e continuidade, principalmente, nos clubes da cidade que agregam famílias.
Por ser um pouco bem relacionado com os comandantes dessas entidades associativas e, mais ainda, por ser amante declarado do verdadeiro carnaval, perdi a conta das vezes que tentei “juntar” esses dirigentes, com um único propósito: alertá-los sobre o risco dos bailes carnavalescos (tão memoráveis) ficarem apenas na lembrança. Cheguei até a apostar com amigos próximos, que os bailes nos clubes estavam com os dias contados.
Não deu outra! Infelizmente, de um tempo para cá, o carnaval botucatuense está praticamente inerte. “Nóis” dirigentes (apesar de toda a minha luta para a realização dos tradicionais bailes de carnaval, também me considero culpado), rendemo-nos aos caprichos dessa bendita modernidade e dissemos amém ? transformação do carnaval em funk, axé e até sertanejo universitário. Daí…
Claro que a juventude merece uma atenção especial de todos nós, até porque, eles representam o nosso amanhã; no entanto, eles têm de conhecer melhor os encantos dos bailes carnavalescos; entender que não existe magia capaz de transformar, por exemplo, um jogo de futebol, numa pescaria e compreender que carnaval é o legítimo. Por sinal, o carnaval das marchinhas e dos enredos das escolas de samba é tudo de bom! Seria nosso o dever de lutar pela sua prosperidade.
Infelizmente, essas “frescuras” que a meninada aprendeu a gostar (o tal de Lepo-Lepo, é a última delas!) não dura mais que um jogar de confetes (graças a Deus!) e não conseguirá nunca destruir a raiz verdadeira de um encanto nacional que só perde para o futebol: o autêntico carnaval.
Estamos, há algum tempo, saudosos daqueles majestosos bailes que eram realizados na nossa conceituada “veterana” da Avenida Dom Lúcio, no BTC – Botucatu Tênis Clube e no simpático “tricolor da baixada”. Eram quatro noites e duas matinês de muita folia, que atraíam, inclusive, pessoas dos municípios vizinhos e até de outras localidades.
Bão”, como diz o dito popular, “nem tudo que balança cai”, acho que os bailes de carnaval nos clubes apenas sofreram uma interrupção, até porque nossos dirigentes (me incluo nesse time) estão repensando o assunto. A maior prova disso foi o “baita” encontro de carnavalescos ocorrido na Associação Recreativa “DRAGÕES DA VILA”, na noite do último dia 22 e a grandiosa 6ª FEIRA CARNAVALESCA, que aconteceu sexta-feira passada, no BTC.
Ali, perto de duas mil pessoas (entre as quais muitos jovens) se esbaldaram durante toda a madrugada, animadas pelo excelente conjunto botucatuense KARISMA; aliás, como de costume, os companheiros do amigo Celsinho, mais uma vez, fizeram a diferença cantando marchinhas e outras maravilhas ligadas ao carnaval verdadeiro.
“Pra” não fugir ? regra, prazerosamente, marquei presença neste grande evento patrocinado pelo carismático Dudu Torres, atual presidente do BTC. Por algumas horas revi pessoas especiais (Professor Beto Colenci, Mário Messias, o palmeirense Doutor Edmundo de Lucca, Samir Abdalla, o empresário dos meninos (Hugo & Thiago) que estão arrebentando com a música dos gaguinhos, Hamilton Regis Policastro, Doutor Antonio Alves Franco, Guto Torres, Doutor Samir Zacarias, João Pupo, Doutor Ezinho Fusco e muitos outros) com os quais convivo quase diariamente e que me proporcionam satisfação enorme em tê-los como componentes da minha preciosa galeria de amigos e, ao lado da família, curti momentos inesquecíveis. Confesso que me senti em casa, apesar de ter frequentado aquele ambiente somente agora.
Quase ao final do baile houve muitas premiações (melhor bloco; folião mais animado; fantasia mais bonita, etc) e para animar, ainda mais, aquela festança, até as tradicionais “bexiguinhas” oriundas do Programa CARNAVAL SEGURO “voaram soltas” pelo salão. Foi tudo bonito demais!
Como já havia parabenizado os amigos dos “DRAGÕES DA VILA” na semana passada, com muita alegria cumprimento todos os diretores do BTC, muito especialmente o seu comandante Doutor José Eduardo Rodrigues Torres, outra grande figura da sociedade “botucuda”, pela magnífica festa ofertada aos seus associados e, principalmente, ao povo botucatuense.
Por fim, devo confessar que estou convicto de que, no ano que vem, teremos a adesão de outros clubes da terrinha (a nossa gloriosa “associação” e o nosso “tricolor da baixada”, por exemplo) envolvidos nesse propósito de oferecer, pelo menos um baile dessa grandeza aos seus associados e admiradores. Vamos em frente minha gente e, se possível cantando uma música que, por várias vezes, “chacoalhou” o salão do BTC: …ME DÁ UM GELINHO AÍ, EU TÔ A CEM POR HORA… .
Ainda em ritmo de carnaval, envio um abraço especial a um dos maiores sambistas da cidade; um unespiano que construiu uma bonita história dentro da UNESP e que para meu orgulho, acompanha de perto, tudo o que de bom tento ofertar aos meus leitores, através das minhas escritas semanais: meu amigo Nelson Carneiro, o consagrado “pagodeiro” Pé de Rodo, aniversariante do último dia 24 de fevereiro.

{n}Rubens de Almeida – Alemão
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