E AGORA JOSÉ?

Rubens Almeida
E AGORA JOSÉ? 19 junho 2013

Uma pena estarmos somente de passagem nesta vida tão interessante, em tantos momentos, cercada de mistério e encantamento. A magia da vida, talvez seja viver o presente. Até aí, tudo bem… Este pensamento sempre me ocorre quando o assunto é, por exemplo, o bem comum em toda uma comunidade (por mais passageiro que ela seja).

Pois bem, você que está agora tentando acompanhar meu raciocínio, talvez não esteja entendendo bem onde quero chegar, porém vou tentar deixar as coisas mais claras.

Morei na Vila dos Lavradores desde a minha infância, inclusive tive a felicidade de ser engraxate naquele populoso local, anteriormente chamado de Bairro da Estação, e, portanto, sempre soube que o hospital ali situado, recentemente reaberto (ala da pediatria), depois que o governo municipal o desapropriou, anos atrás, apesar de ter o nome de HOSPITAL SOROCABANA era chamado de HOSPITAL DO BAIRRO.

Como herdeiro de uma família de Ferroviários (meu saudoso pai e outros cinco irmãos foram funcionários da antiga Estrada de Ferro Sorocabana) e, principalmente, porque tenho três netos, também estive na bonita festa de entrega daquela unidade hospitalar ao povo botucatuense e percebi uma alegria contagiante do público presente (a grande maioria formada por ex-ferroviários) pela retomada do funcionamento daquela unidade de saúde.

Eis que para surpresa geral, no meio da multidão que para lá se deslocou, “pintou” uma faixa que repudiava o nome HOSPITAL DO BAIRRO. De maneira esdrúxula, quem protestava, simplesmente ignorou a volta da relevante prestação de serviço ? saúde, o bem público maior ali comemorado. Estava sim, preocupado com o nome: HOSPITAL SOROCABANA. “Eta” Brasil brasileiro!

Acompanhei todo o desenrolar da solenidade, por sinal, repleta de autoridades. Ninguém menos que um Senador da República (Aloísio Nunes Ferreira); um Deputado Federal (Milton Casquel Monti); um “punhado” de prefeitos e vereadores de toda a região e de diversos partidos; quase todos os nossos vereadores e secretários do governo municipal; dirigentes da Unesp, Hospital das Clínicas e Famesp e muita gente ligada aos mais variados segmentos da nossa sociedade, prestigiaram esse grande acontecimento da administração municipal em parceria com a FAMESP.

Claro que atentei para tudo o que foi dito pelos oradores que lotaram por completo o grande palco montado bem ? frente ao hospital – aliás, teve discurso inflamado, político carregado de satisfação, revoltado, enfim, teve “papo” para todos os gostos – no entanto, acho que as palavras do Professor Caldas foram as que mais “mexeram” com a chamada “turma do contra”. Acredite! Meia dúzia deles, não mais que isso tiveram a coragem de aparecer por lá. Vai ser “cara de pau” lá adiante…

Num determinado trecho da sua fala, o mestre Caldas, até em tom de deboche disse: “… Deus demorou seis dias para fazer o mundo, porque não tinha ninguém trabalhando, ou melhor, rezando contra, senão…”. Esse desabafo do vice-prefeito, com certeza “feriu” um pouquinho o ego daqueles, (não mais que meia dúzia de cidadãos que se acham poderosos) que questionavam, o tempo todo, tudo o que vinha sendo empreendido pela Administração Pública para que esse hospital voltasse a funcionar o mais rapidamente possível.

Graças a Deus, tudo acabou de um jeito bom, principalmente para a população “botucuda”. O mais importante nisso tudo é que, mesmo diante de tanta força contrária, a população botucatuense (ferroviários ou não), muito especialmente as nossas crianças, voltaram a ter acesso ? Saúde naquela instituição.

Outra maravilha ocorrida: os trabalhadores demitidos na época do fechamento do hospital, a maioria deles, também estão vivendo dias melhores desde o último sábado.

Os meus amigos João Cury Neto, Professor Caldas e, o pessoal todinho da Secretaria de Saúde do município (desde o mais humilde trabalhador, até o comandante Doutor Cláudio Miranda) somados aos diretores do HC e FAMESP (grandes parceiros nesta empreitada) estão mais aliviados com essa importante inauguração.

Já, aos tais cidadãos contrários, ou melhor, aos “donos da verdade” que, durante todo o processo de reconstrução do projeto Hospital do Bairro, não fizeram outra coisa, senão atrapalhar, apenas uma perguntinha, claro que, com muito respeito, um respeito que talvez nem mereçam: E AGORA JOSÉ?
Meu afetuoso abraço desta semana é endereçado, exclusivamente, a uma pessoa especial, muito amiga de toda a minha família, um profissional talentoso que, para a minha satisfação, é assíduo leitor dos meus “causos” e também muitíssimo admirado por toda a nossa gente: meu amigo Rodrigo Amat Scala.

Essa grande referência da mídia local, simplesmente “arrebentou”, como “componente” da excelente Banda American Sond Machine cantando uma das músicas mais lindas (EMOÇÕES) do Rei Roberto Carlos, sábado que passou, na seresta da Ferroviária.

Rubens de Almeida – Alemão
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