“… COMO A VIDA VAI SEM SE DESPEDIR; SÓ PRA VER FICAR, QUEM DEIXOU DE IR…”

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“… COMO A VIDA VAI SEM SE DESPEDIR; SÓ PRA VER FICAR, QUEM DEIXOU DE IR…” 11 outubro 2016

 

alemaoMeus amigos, realmente, esta nossa vida é um grande mistério; quando menos se espera, lá vem uma “pancada” que desorienta e  nos deixa sem chão. Refiro-me à morte, sempre inesperada, e que me faz lembrar do trecho de uma música (Chuva cai lá fora), por sinal, uma bela composição da renomada dupla Zezé Di Camargo & Luciano que diz: “… como a vida vai sem se despedir; só pra ver ficar, quem deixou de ir…”. Verdadeiro, né?

Foi exatamente assim, que “nóis”, um “montão” de amigos, que semanalmente se encontram num “recanto” bastante especial lá no Distrito de Rubião Junior (o famoso “FRIGOBAR” do seu Chico) para tomar umas “redondinhas” e colocar a vida em ordem, recebeu, no amanhecer da última sexta-feira (30/09), a triste notícia da morte de um integrante ilustre desse “time” de cidadãos do bem: o querido Doutor José Nelson Andrade Moreira. Que tristeza! Quanto amargor! Eta vidinha danada!

Confesso que hoje, gostaria de “falar” aqui neste espaço, da bonita inauguração da nova sede da 1ª Companhia da Polícia Militar (abordarei esse assunto na semana que vem); da entrega do novo Mercadão Municipal, ou até mesmo da grandiosa faxina que ocorreu no Brasil, nas eleições municipais realizadas no domingo que passou; no entanto, a perda desta pessoa maravilhosa, que desde que veio a Botucatu cursar Medicina no início dos anos 60, arrebanhou uma imensidão de amigos; um cidadão referenciado, cujo valor  SOLIDARIEDADE (os meus amigos do “Joana de Angelis” que o digam) era um dos seus maiores atributos; um profissional do mais alto gabarito, com quem no ano de 1971, tive a grata satisfação de partilhar, como técnico de Laboratório, um belo trabalho científico; um médico estudioso e dedicado demais (fui um dos seus primeiros pacientes no ano de 1972 a usar lentes corretoras, até porque sou míope de onze graus até os dias de hoje); enfim, uma pessoa que tinha uma qualidade de causar inveja, ou seja, cuidava dos amigos como se eles fossem a única coisa boa em sua vida, ganhou a minha preferência.

Como disse no início deste “conto” (aliás, triste demais), a vida é mesmo desse jeito. Todos nós (todos mesmo) estamos por aqui de passagem e à mercê das vontades DELE, o nosso PAI. Essa realidade é inquestionável, ninguém está livre dela. Com o nosso já saudoso amigo Doutor Zé Nelson, não foi nada diferente. O nosso TODO PODEROSO resolveu levá-lo para trabalhar ao SEU lado no céu e a “nóis” nada resta senão aceitar as vontades DELE, o nosso PAI.

Que final de semana trágico a sociedade botucatuense enfrentou. Nem mesmo a expectativa da escolha do nosso novo Prefeito e dos novos integrantes da Câmara Municipal conseguiu esconder a dor que muita gente sofreu durante todo o transcorrer do sábado, dia do sepultamento deste cidadão que não titubeava em estender a mão àqueles que precisavam de ajuda.

Querido e amado mestre, tenha absoluta certeza, você nos deixou órfãos. Órfãos de um amigo que nunca deixou de entender (e ajudar a resolver) nenhum dos inúmeros problemas que enfrentávamos (eu e os amigos do nosso grupo) que, pairavam frequentemente, nas nossas “rodas” de conversa.

Você, querido mestre, deixou-nos um ensinamento de vida que guardaremos para sempre em nossos corações e, por fim, como não consegui inspiração suficiente para te agradecer mais e mais, e dizer o quanto você foi importante em nossas vidas, vou apenas lhe dizer mais uma coisa: querido Zé Nelson (como dizia o nosso amigo Romildo Peres que não o chamava de doutor), UM DIA VOLTAREMOS A NOS ENCONTRAR estimado amigo.

Descanse em paz grande companheiro! Que Deus dê toda proteção e força à sua esposa, filhos e netos para superarem este fatídico e triste momento. Até qualquer dia meu querido mestre.  Ah, caríssimo amigo, você tinha razão, quando numa “troca de figurinhas” que fizemos no final de semana passado, esboçamos algumas previsões na política local. Os seus grandes e inseparáveis amigos (também nosso) Mario Pardini, André “Curumim” Rogério Barboza e Laudo Gomes da Silva, o Sargento Laudo, foram eleitos com expressivas votações aqui na terrinha. Glória!

Como sempre faço, ao final das minhas narrativas semanais, nesta, envio o meu mais afetuoso abraço, exclusivamente, a você, querido doutor José Nelson Andrade Moreira, que era leitor especialíssimo dos meus “causos”, fato que me orgulhava muito. Receba de coração querido irmão, a minha gratidão e o meu reconhecimento, por todos os ensinamentos que me ofereceu nesses anos todos de convivência.

Por fim, até como forma de mostrar o talento do escritor José Nelson Andrade Moreira – um poeta que escrevia com o coração – e também, como reflexão aos meus queridos leitores, deixo no ar, uma das muitas frases que li no telão do Complexo Orlando Panhozi: “… A VIDA ME ENSINOU DIZER ADEUS ÀS PESSOAS QUE AMO, SEM TIRÁ-LAS DO MEU CORAÇÃO…”. Que legal! Sem dúvida alguma, você estará para sempre no nosso coração, considerado amigo José Nelson Andrade Moreira!

E agora? Quando estava terminando o esboço deste texto, fui surpreendido com a notícia da morte do meu irmão Ari de Almeida. Eu que já não tinha encontrado inspiração para homenagear o querido Doutor José Nelson, como faço para encontrar forcas para abraçar o meu “mano” de berço que também foi ao encontro do Senhor?

Eta “nóis”! Só mesmo Deus é capaz de nos dar suporte num momento de dor como este. De novo volto a me perguntar: tenho razão quando falo que estamos de passagem por este mundo incerto e duvidoso ou não? Claro que tenho! Nós todos temos o nosso dia marcado para o outro mundo.

Querido Arizão, que ELE. O nosso PAI, o receba com todas as honras de um filho querido. Com certeza, meu irmão, um dia estarei novamente ao teu lado!

Rubens de Almeida – Alemão

[email protected]

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