Lugar de mulher é na Fórmula 1

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Lugar de mulher é na Fórmula 1 23 agosto 2011

Está em todos os sites especializados em automobilismo. Depois de 19 anos, existe a possibilidade de uma mulher voltar a pilotar um carro de Fórmula 1.

A espanhola Maria de Villota (31) está negociando com o chefão cartola da categoria Bernie Ecclestone uma vaga. Villota pilotou um carro da Renault em fase de testes, e de acordo com alguns comentários, se saiu muito bem.

As mulheres não são novidade na categoria máxima do automobilismo mundial. Na temporada de 1958, a italiana Maria Teresa de Filippis, pilotou um carro da escuderia Maserati e em 1959 esteve conduzindo um Porsche pela equipe Behra, se tornando a primeira mulher a sentar num cockpit de um Fórmula 1.

Fillippis disputou 5 grandes prêmios e o máximo que conseguiu foi um 10º lugar no GP da Bélgica em 58. Ela ainda está viva, e completa no dia 11 de novembro 85 anos. Outros nomes femininos que enfeitaram a F-1 foram Lella Lombardi, Divina Galica e Desiré Wilson. A única que conseguiu pontuar foi Lella Lombardi no GP da Espanha de 75, fazendo 0,5 ponto. Das 4 mulheres citadas, Lombardi é a única falecida. Ela morreu por complicações de uma doença degenerativa em 1992 aos 50 anos.

As mulheres são uma ótima opção as equipes, pois sempre são atração em um mundo quase que 100% masculino. De todas as mulheres que estiveram em categorias top automobilísticas, Danica Patrick, sem a menor dúvida, foi a mais bem sucedida, mas nunca esteve na Fórmula 1. Uma das musas da Fórmula Indy, Patrick se tornou a primeira mulher a vencer uma corrida em 2008 no GP do Japão, no circuito oval de Motegi. Este ano ela não está fazendo uma boa temporada e marcou até agora 18 pontos.

É interessante para Ecclestone esta cartada, pois a Fórmula 1 está carente de novidades. Se Villota conseguir um contrato, será com certeza uma atração ? parte. Danica Patrick já recebeu propostas para a F-1, mas nunca aceitou alegando que ficaria longe da família (na F-Indy, as corridas são quase que 85% realizadas dentro dos Estados Unidos e Canadá). Patrick também alfinetou a F-1, dizendo que tem um ambiente muito carregado e que não se sentiria bem. Ela tem toda razão.

A presença feminina não significa que Villota será tratada com rosas azuis enquanto os outros pilotos receberão os espinhos. A exigência e pressão será a mesma, pois nesta categoria não há espaço para modismos. Quando se fala de F-1, se fala em milhões de euros e nenhum empresário estaria disposto a gastar em vão esta quantia.

Se será uma grande piloto, se conseguir a vaga, ninguém sabe. Só sabemos por enquanto que se trata de uma mulher bonita que vem de ótimos resultados em outras categorias. Se conseguir resultados, com certeza será mais paparicada que os atuais homens feios que pilotam suas máquinas maravilhosas.

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