O dia 3 de setembro de 2016 vai ficar marcado na história de Botucatu. A Rua Amando de Barros [antiga Rua Riachuelo] finalmente está de cara nova. A primeira etapa de revitalização do principal corredor comercial da Cidade se estende entre as ruas Coronel Fonseca e Major Leonidas Cardoso.
População, representantes do Comércio e autoridades públicas da Cidade prestigiaram a festa, que contou com apresentações musicais da Orquestra de Violeiros da Afrape, Orquestra Infanto Juvenil da Afrape, Coral do Núcleo Assistencial Joanna de Angelis, Banda Marcial Botucatu e Corporação Musical Damião Pinheiro Machado.
A Praça Emílio Peduti (Bosque), onde se concentrou o evento, também recebeu melhorias com a instalação de mesas para disputas de partidas de damas e xadrez, construção de bebedouros [um deles para cães], limpeza dos monumentos, plantio de grama e flores, nova cobertura no ponto dos taxistas, entre outros pequenos serviços de reparo e manutenção.
As obras na Amando tiveram início no dia 30 de abril e consistiram em: ampliação das calçadas e instalação de piso intertravado [drenante e antiderrapante], rampas de acessibilidade, piso tátil para deficientes visuais, implantação de novas redes de água, bancos e lixeiras de madeira, reforço da iluminação [braços em “Y” com lâmpadas de 250 watts – vapor metálico / cor branca], recapeamento asfáltico e ampliação da pista de rolamento, novas sinalizações de trânsito e amplo paisagismo, com plantio de palmeiras ao longo da rua e pequenas floreiras instaladas nos guarda-corpos em cada uma das esquinas.
A segunda etapa de revitalização da Rua Amando de Barros deverá seguir com este mesmo padrão até o cruzamento com a Rua Visconde do Branco. Porém, o recape será executado em todo prolongamento da via, desde o seu início, na região do Lavapés. Com o tempo, também está prevista a implantação de câmeras de monitoramento para reforçar a segurança no local e compactação da fiação elétrica. O investimento estimado na Amando é de R$ 2 milhões, recursos dos cofres municipais.
Reconhecimento
O secretário municipal de Obras, Rafael Athanazio, não escondeu a emoção após quatro meses de intenso trabalho. Além do apoio do prefeito João Cury, ele elogiou a compreensão da população durante os serviços desta primeira etapa da revitalização da Amando e, principalmente, e a dedicação de todos os servidores da Secretaria de Obras, que, inclusive, ganharam uma placa de homenagem.
“Desde o começo a gente sempre prezou pela atenção ao comerciante, para que não tivesse tanto impacto no funcionamento das lojas. Por isso a gente sempre iniciava os trabalhos no sábado, no final da tarde, quando o comércio fechava, tentando minimizar os transtornos. A gente tinha uma insegurança por parte do comércio. Hoje a pergunta é: quando a revitalização vai chegar no meu quarteirão? Ou seja, passou de desconfiança para uma realidade. E todos os funcionários da Secretaria de Obras estão de parabéns. Sem eles a gente não faria metade do que a gente fez, no tempo e recurso que a gente tinha. As padarias e lanchonetes serviam um café, um pão com presunto ao funcionário, entendendo a dedicação deles durante a obra”, valoriza.
O prefeito João Cury lembrou que a revitalização da Amando sempre foi um sonho da população de Botucatu, mas que nunca havia sido tirado do papel. Para ele, os medos relacionados à complexidade da obra foram superados pela vontade de transformar para melhor a vida daquelas pessoas que passam e trabalham todos os dias no principal corredor comercial da Cidade.
“Botucatu sente a crise como qualquer outra cidade do Brasil. A diferença está na nossa postura. Quando a gente investe com recursos do Município o que investimos na Rua Amando é porque a gente tem a absoluta convicção que temos que dar a volta por cima. E a Rua Amando é um cartão postal, em todos os sentidos. É onde as famílias se encontram. É a rua do comércio, onde se gera emprego. A população se ressentia ao ver a rua nas condições que ela estava. É uma obra que contou com um esforço enorme dos funcionários da Prefeitura, apoio das associações de empregados e empregadores, mas o que fez a diferença foi a população e os lojistas terem abraçado a ideia. Porque é um transtorno mexer na rua principal da Cidade, mas a população em nenhum momento nos faltou”, destaca.