Botucatu será representada em evento internacional de cultura negra

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Botucatu será representada em evento internacional de cultura negra 09 novembro 2012

A Assessoria de Políticas de Promoção da Igualdade de Botucatu participará da 11ª edição da Feira Preta Cultural que será realizada entre os dias 11 a 17 deste mês na Casa das Caldeiras, em São Paulo. O evento, que comemora o mês da Consciência Negra com o tema “O Poder da Mulher Negra”, é promovido pelo Instituto Feira Preta, em parceria com produtores de moda, dança, gastronomia, cinema, teatro, artes plásticas, fotografia e shows como: Samba da Vela e Fabiana Cozza, Hyldon, Carlos Dafé e Flávio Renegado, entre outros.

A feira é considerada o maior encontro de cultura negra da América Latina. Une cultura e comércio de produtos étnicos. Ela é realizada anualmente, com o forte objetivo de difundir costumes e tradições da cultura negra e fomentar negócios de empreendedores da comunidade negra. Em nove edições do evento, a Feira Preta já reuniu 400 artistas, 500 expositores, mais de R$ 2 milhões de circulação monetária e 70 mil visitantes.

Este ano é a primeira vez que a cidade de Botucatu participará do evento como expositora com o projeto “Botuáfrica” que produz arte, moda e design, por meio de oficinas gratuitas de geração de renda inspiradas na cultura africana.

O projeto que surgiu em 2010 foi idealizado pela Assessoria de Políticas de Promoção da Igualdade e Ações Afirmativas e conta com a parceria do Instituto Botucatu sob a curadoria e coordenação geral de Silvia Sasaoka. Participam dele 40 integrantes do projeto “Evoluir”, do Bairro 24 de maio, e projeto “Pérola Negra”, do Parque Marajoara. Eles produzem roupas e acessórios feitos de tecidos estampados ? mão, baseados na cultura africana e afro-brasileira.

O Botuáfrica também será representado no evento pela assessora de Políticas de Promoção da Igualdade e Ações Afirmativas, Conceição Vercesi, que foi convidada para fazer parte do Seminário “Boas Práticas na Produção Cultural Negra na Perspectiva da Economia Criativa”.

Na atividade que acontecerá no dia 12 de novembro, das 18 ? s 22 horas, Conceição Vercesi irá fazer parte do Painel 1 com o tema “Modelos de Gestão de Projetos e Empreendimentos Culturais Negros”. Além de Vercesi também farão parte do painel Renata Felinto (Cubo Preto), e Magnu Sousá (Sambística Produções) com mediação de Kultafro Adriano José.

Conceição Vercesi, conta que os convites ? Botucatu foram feitos pela Diretora do Instituto Feira Preta e também organizadora do evento, Adriana Barbosa. “O Projeto Botuáfrica que foi divulgado na Revista Casa Cláudia e recentemente na Revista Bons Fluídos da Editora Abril e a convite do próprio Instituto Feira Preta poderá ser tornar uma franquia social. A proposta está sendo estudada já que esta parceria até o momento só feita com algumas capitais brasileiras, Botucatu seria o primeiro município a ter uma versão otimizada da Feira Preta na cidade”, explica.

A assessora de Políticas de Promoção da Igualdade e Ações Afirmativas ainda destaca que a participação do Município no maior evento de cultura negra da América Latina com o Projeto Botuáfrica é a coroação de um trabalho de muita dedicação, esforço e principalmente das boas parcerias.
“A Prefeitura acumulou nestes últimos anos muitas parceiras com a criação da Assessoria, Secretarias Municipais, Instituto Botucatu, Gospop, Malu Ornelas, Projeto Evoluir, Projeto Pérola Negra e outros parceiros que estão agregando muito ao trabalho. A cada dia me surpreendo com as novidades e as criações inovadoras participantes do Botuáfrica”, disse Vercesi.

Segundo ela o objetivo da Assessoria por meio desse projeto é mostrar que a África, além de seus patrimônios naturais, possui também riquezas culturais, artísticas e tecnológicas e não só história de escravidão e de guerra. “Por causa do período da escravidão nossos ancestrais, brasileiros afrodescendentes, não puderam nos repassar estas riquezas, nem tão pouco nos transmitir seus conhecimentos e valores sem interferências de outras culturas. Nossa proposta é buscar na origem, ou seja, no continente africano, estes valores e a partir daí podemos começar a contar uma nova história”, explica.

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