Animais são comuns nas ruas da periferia

Cidade
Animais são comuns nas ruas da periferia 22 março 2010

Embora estejamos, num estágio tecnológico, bastante avançado ainda acontecem coisas que nos traz de volta o passado. Como exemplo, citamos fatos com relação a animais como cavalos, bois e carneiros, circularem tranquilamente pelas ruas de bairros periféricos da cidade (foto).

Temos fatos cotidianos em bairros como Jardim Brasil, Monte Mor, Jardim Panorama, Jardim Riviera, Parque Marajoara, Parque Imperial, entre muitos outros. O engraçado é que os moradores estão tão acostumados, que deparar com um animal circulando pela rua, é fato absolutamente normal e já faz parte da rotina.

Um desses casos pitorescos foi flagrado no Jardim Riviera, bem próximo do local onde será construído o Fórum de Botucatu. Parece que os animais estão se sentindo incomodados com o movimento constante de pessoas e máquinas. “Aqui era sossegado, mas agora o movimento é muito grande. Isso é bom porque o bairro vai ficar valorizado com o Fórum”, disse o pintor José Álvaro da Costa, 36. Sobre os animais ele é direto. “Ah! Isso é comum, boizinhos sempre pastam por aqui. Eles são mansos e se bobear eles entram no quintal da gente. Onde tem uma graminha fresquinha, eles entram”, acrescentou.

Porém a dona de casa, Maria Carolina de Campos, não é tão tolerante com os animais. “A gente não pode esquecer nada aberto, porque eles entram mesmo. Já um montão de vezes, tive que recolher a roupa que estava estendida no varal, porque eles ficam se esfregando. Tem alguns que até mastigam a roupa e a gente tem que jogar fora. E o dono dos animais não está nem aí”, reclamou a mulher.

O dono de alguns animais que perambulam pela região do Parque Imperial, Jardim Real e Jardim Riviera é o senhor Mauro Gomes, 54, o popular Baiano, com um sotaque bastante peculiar. “Tenho meus `boizinho´ e como não tenho posse `sorto´ pra `pastá´. Não dá pra `compra´ milho e ração todo dia. Antes eu tinha dez `cabra´, mas vendi e comprei quatro `garrotinho´, que `tô criano´ . Não quero `trapaiá´ ninguém, por isso quando meus `boizinho pasta´ fico junto para não deixar `entrá´ nos `quintar´. Mas o povo carece `tê pacença´ com os `bichinho´, né?”, explicou.

Fotos: Valéria Cuter

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