O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil decidiu reduzir o número de aeroportos que serão beneficiados pelo Programa de Aviação Regional, segundo informações do portal G1. O ministério retirou 97 aeroportos da lista e informou que só investirá em 53, que são considerados prioritários.
O aeroporto municipal Tancredo Neves, antes contemplado, ficou fora da lista dos beneficiados. No estado de São Paulo, apenas Sorocaba e Guarujá/Santos estão mantidos pelo governo federal. Esses 53 aeroportos irão receber R$ 300 milhões a partir de 2017.
Mesmo cortada da lista de aeroportos contemplados, a Botucatu não foi informada oficialmente. O Prefeito João Cury Neto disse que um plano B já está sendo montado.
“Não recebemos nenhuma informação oficial. Ligamos na SAC (Secretaria de Aviação Civil) e ninguém confirmou essa informação. Estamos aguardando uma posição oficial do Governo Federal. Se for verdade, vamos buscar outras alternativas, muito provavelmente uma parceria com a iniciativa privada, como estão fazendo os demais aeroportos do Brasil”, disse ao Acontece Botucatu o prefeito João Cury.
Em agosto de 2015, durante audiência na Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, em Brasília, o prefeito João Cury recebeu a confirmação de que o aeroporto de Botucatu estaria mantido entre as prioridades para receber investimentos, através do Programa de Aviação Regional criado pelo Governo Federal, em torno de R$ 100 milhões. Na região, ainda estava contemplado o aeroporto Bauru/Arealva, que também teve a previsão cortada.
Investimentos
Os investimentos nos outros 123 terminais dependerão de “disponibilidade financeira”, informou a pasta em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira, dia 24. Até 2020 o Programa de Aviação Regional deve receber R$ 1,2 bilhão em investimentos, R$ 300 milhões por ano a partir do ano que vem.
Antes o programa previa investimentos de R$ 7,3 bilhões, que seriam aplicados na construção, reforma e expansão de 270 aeroportos. O ministério afirmou que a lista dos 53 aeroportos prioritários ainda deve ser aprovada pelo presidente em exercício, Michel Temer.
Os critérios para a escolha dos 53 aeroportos foram baseados em indicadores como terminais importantes para o tráfego aéreo que já estão com restrição de capacidade; os localizados em regiões remotas, caso da Amazônia Legal; rentabilidade do operador aeroportuário; cobertura da população em até 120 minutos de deslocamento; interesse das companhias aéreas; e proximidade de grandes aeroportos ou capitais”.
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